JERUSALÉM (Reuters) - Os sinos, tambores, cânticos e velas acesas no túmulo de Jesus alegraram as comemorações de Páscoa em Jerusalém no sábado, que reuniram palestinos e milhares de peregrinos cristãos ortodoxos do mundo inteiro.

As tensões sectárias ficaram, como sempre, em evidência na Igreja do Santo Sepulcro, na cerimônia do Fogo Sagrado, que simboliza a ressurreição de Jesus depois de sua morte na cruz. Mas, com a forte presença policial israelense, não houve incidentes violentos como em anos anteriores.

A chegada em massa de visitantes da Rússia e do antigo bloco soviético e a ausência de muitos palestinos, que não conseguiram autorização de Israel para entrarem na Cidade Velha, confirmaram as alterações nos ritos cristãos em Jerusalém desde a queda do comunismo.

A coincidência de calendários de Páscoa de igrejas orientais e ocidentais gerou encontros ecumênicos durante a Semana Santa, principalmente nas comunidades cristãs, que vêm diminuindo na Cisjordânia, onde a ocupação israelense e islâmica tem fomentado a emigração nos últimos anos, segundo membros da igreja.

Em comemorações anteriores, tumultos deixaram feridos e até mesmo mortos. Em 1834, centenas morreram em tumultos.

Fonte: Reuters Brasil (Reportagem de Alastair Macdonald)